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sábado, 25 de junho de 2011

Aventuras do Styela 24/06/2011


Dei o nome de Styela ao meu barco, um caiaque Inuit, em homenagem a um invertebrado marinho, muito evoluído, que venho estudando desde 1986. Devo a esse ser primitivo, primo dos humanos, a minha vida profissional como cientista estudando compostos naturais capazes de prevenir doenças como trombose, inflamação e metástase tumoral.

A partir de hoje, 24/06/2011, decidi compartilhar com os amigos as aventuras do Styela.

Quem me conhece sabe que sou introvertido e, por isso, normalmente, faço muitas coisas sozinho. Aliás, desde que comecei a remar na enseada de Botafogo e Urca, há cerca de 3 meses, hoje foi a primeira vez que remei acompanhado durante o passeio de circunavegação da ilha de Cotunduva. Me senti muito a vontade, principalmente pela sensação de que estava diante de pessoas especiais, quem sabe, de novos amigos.

Tudo começou há algumas semanas, quando estava remando sozinho na Urca. Escutei um cara em outro caiaque dizendo "alto lá marujo....". Era o Rodrigo. Depois de uma rápida conversa, ele me incentivou a entrar no website do Clube Carioca de Canoagem, e assim o fiz. Conheci, virtualmente, vários remadores com os quais compartilhei minhas experiências, não muito agradáveis, por sinal, das tentativas de passagem do morro Cara de cão até a praia do Forte. 

Perguntei se alguém teria uma dica que pudesse tornar uma nova tentativa mais agradável. Recebi vários conselhos de remadores mais experientes, como os do Bruno e os do Rodrigo, e uma generosa oferta da Letícia (uma remadora de canoa havaiana) para me acompanhar durante a virada do morro Cara de Cão. Evidentemente, aceitei a oferta. A medida que íamos nos comunicando pelo email do grupo CCC, vários outros remadores foram aderindo ao passeio. Ao final, éramos umas 8 pessoas entre canoístas, caiaqueiros e um surfista de stand up.

Sai de casa, ainda escuro, às 5:30, de carona com o Parreira, meu amigo de longa data. Chegamos ao Guanabara, onde o Styela é guardado, preparamos o material e partimos para o mar em direção a Praia da Urca para encontrar com os demais remadores. Fomos recebidos pela Leticia, Alessandra, Antônio e Rodrigo e, após as apresentações, partimos para a ilha de Cotunduba próximo a entrada da Baia de Guanabara, cerca de 7 quilômetros de distância.

Durante o caminho as fomos contemplando a paisagem, conversando, trocando experiências e, da minha parte, muita observação. Prestei atenção na forma de remar de cada um dos que estavam de caiaque, como mantinham os barcos em  linha reta e mudavam de direção, e como mantinham o equilíbrio frente a instabilidade após a virada do Cara de Cão. 

Ao contrário das outras vezes que remei sozinho e tentei ir até a Praia Vermelha sem sucesso, dessa vez senti-me mais estável e psicologicamente seguro, sem medo algum. A fantástica paisagem ao longo da costa, junto ao visual e o balanço das ondas criou um cenário harmônico, resultando em uma sensação de extrema leveza e torpor, como se estivesse em uma outra dimensão do tempo.

O contorno da ilha de Catunduba foi ainda mais emocionante devido a maior amplitude das ondas, especialmente no lado de fora. O Parreira, que bravamente acompanhou o ritmo veloz das caiaques e canoas, enfrentou uma certa dificuldade nesta parte pois, além das ondas, havia o movimento da maré para fora da Baia, o que tornou a volta ainda mais demorada. O Marco, parceiro do Bruno, reduziu o ritmo e gentilmente nos acompanhou na volta, contando as suas inúmeras experiências de travessia. Ao final, chegamos na praia da Urca para agradecer aos anfitriões e nos despedir até uma nova aventura. Foram cerca de 9 milhas (14.3 Km).







Um comentário:

  1. Bem vindo ao mar e às palavras. Que o virtual seja cada vez mais um convite para o real! Prazer em te ver pelas beiradas!

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